quarta-feira, 1 de outubro de 2008

20 Anos artesanais.



Dos vinte que recebo,
Dez foram agarrados ao pé de pitanga,
Os pés sujos de lama, e os mosaicos de recortes das lindas meninas de revista.
Treze, quatorze e quinze, foram presos nos banhos de incontrolável libido.
Do mais seguiram as esbórnias.
O sexo de ponta cabeça junto à vida vadia,
delatava a inércia moral.
Fui conde da fruta, atleta de gols e devasso particular.
Hoje sou imperador de minha espécie,
um abolicionista em tempos de liberdade fascista.
Não escrevo nas agendas de amigas ao fim do ano letivo,
pois sei que ali ficará alguém que em breve passará.
Só enquanto me cabe o tempo, a paixão, o desejo e o saber,
é que me prendo,
à seguir sou espécie extinta.


- Ciranno Gonzálles -

5 comentários:

disse...

Adorei! Com 24 ainda estou colocando em prática coisas que aprendi com 18. Retardo tudo, até amor e dor. Liberdade do ser? claro né, e vc sabe disso melhor do que ninguém, não é mesmo? hihihi

disse...

Apoiado! Mas essa parte eu já sei!

disse...

O que eu preciso entender, eu costumo entender... já os outros... bom, isso não é um problema meu, rs!

disse...

Eu sei que não foi específico. Só disse que quanto aos outros eu não sei. Outros = qualquer "outros". E pessoal é que não poderia ser mesmo né!

Rafaela Nogueira disse...

Adorei!!!Bom quando a gente sente a mudança proveitosa e o fiasco de calar-se diante da visão da macacada,por isso liberte mesmo este vate sábio que tens em você,ele é de muito bom gosto.